sábado, 18 de outubro de 2014

Lançamento do livro Crônicas Afônicas

Sem palavras para descrever minha emoção! Realização de mais um sonho! Obrigado a todos que o tornaram possível. E obrigado a todos que abrilhantaram esta noite com sua presença, com seu carinho, com sua luz, em especial aos amigos Maestro Juan Pablo Schellemberg e seu filho Martin Schellemberg pelas belíssimas músicas instrumentais, ao amigo Francisco Antonio Vidal pelas belas e sábias palavras sobre o livro e pela leitura da minha crônica "Amanhã, quando eu morrer", à aluna e amiga Luciana Melo Armesto pela linda apresentação de voz e violão de canções minhas, e à Silvana Giovanini e ao meu pai Adão Quevedo pela declamação e amadrinhamento de um poema meu, "Me embriaguei de poesia"! Fraternos abraços! Em 15/10/2014. O livro encontra-se à venda diretamente com o autor (pelo Facebook ou pelo e-mail danilokuhn@yahoo.com.br), nas livrarias da cidade ou pela internet, através do site Clube de Autores (link: clubedeautores.com.br/book/172042--Cronicas_Afonicas), ao preço de R$ 30,00.













































sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Livro das Crônicas Afônicas - venda online!


É com imensa alegria que recebo em mãos o primeiro exemplar do meu livro das Crônicas Afônicas! O livro foi produzido através do site Clube de Autores (https://clubedeautores.com.br/), e já está a venda pelo link abaixo, ao preço de R$ 30,00. O acabamento é excelente! Em breve, terei exemplares para venda diretamente comigo, e será realizado o lançamento! E faço questão de deixar aqui expressa minha eterna gratidão a todas as almas que contribuíram direta ou indiretamente para a realização deste sonho, em especial à Cleia Dröse pela competente e atenta e sensível revisão, ao meu pai Adão Quevedo pelo poético texto de orelha, ao Francisco Antonio Vidal pelo prefácio magistral e quase biográfico, ao Zil pelo representativo desenho da capa e ao Eduardo Schneid da Silveira, responsável pela arte da capa. "Nada existe sem o outro. Nem som sem silêncio, nem luz sem sombra, nem dia sem noite, nem eu sem você, nem texto sem leitor. Portanto, para que existamos um para o outro, por favor, leia-me..."!!!


Crônicas Afônicas

Autor: Danilo Kuhn
Sinopse:
Este projeto começou por acaso – e nada é por acaso. Em sonho, veio ao autor a ideia e a verve de criar um blog de crônicas – acabara de lançar um livro de poemas. O nome do blog, Crônicas Afônicas, era uma referência ao que ele imaginava que aconteceria: seus textos não teriam voz, ninguém os leria. Mas não foi bem assim. No dia 24 de janeiro de 2012 Danilo Kuhn publicou a primeira Crônica Afônica, intitulada Nada é por acaso... Não por acaso, resolveu também enviá-la para um jornal e, para sua surpresa, foi publicada – mais adiante, uma porção delas foi sendo publicada, em outro jornal. Dia após dia, as visualizações das crônicas no blog foram surpreendendo, até o autor se apanhar com uma média de mil leituras por mês, provenientes de vários países. Enfim, as Crônicas Afônicas ganharam voz...! A voz de cada leitor.

Preço de venda (Versão impressa): R$ 30,00
Preço de venda (Versão ebook): R$ 10,00
Edição: (1) (2014)
ISBN: 978-85-9147-162-1
Número de páginas : 156
Tópicos: Literatura Nacional .
Palavras-chave: literatura, crônicas, blog.



quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Encerramento


Venho por meio desta informar que estou encerrando meu projeto de crônicas e contos, por motivação de um projeto literário maior, a ser mencionado a seu tempo. Ademais, pretendo neste ano de 2014 transformar o material dos blogs em um LIVRO DE CRÔNICAS E CONTOS. Desde já, conto com seu apoio neste projeto. Foram dois anos de dedicação e canalização da verve, com o resultado de cerca de CINQUENTA MIL LEITURAS, de diversos países, algo que eu JAMAIS imaginaria atingir. Agradeço a cada leitura, a cada curtida, a cada comentário, a cada compartilhada; também agradeço ao pessoal do Jornal Tradição por meio da Claudia Duarte, que tantas crônicas minhas publicou; também agradeço ao pessoal do Comunica Sls, por meio primeiramente da Aline Cunha e posteriormente do Henrique Schnorr Krüger, que com sensibilidade me convidaram e me oportunizaram de escrever crônicas para o site; e também agradeço, é claro, à Deus, que com suas mãos de ventríloquo me orientou nesta empreitada pelos bons-ventos da inspiração. Dividido neste momento entre a alegria de um projeto bem-sucedido e a nostalgia de um ciclo que se encerra, subscrevo-me. Segue abaixo os links dos três blogs, cujos conteúdos deixarei disponíveis por mais um tempo. Fiquem à vontade em passear por eles.

Um grande abraço, e até breve.

Cordialmente,

Danilo Kuhn

Crônicas Afônicas:http://blogdascronicasafonicas.blogspot.com.br/;

Contos Recônditos:http://blogdoscontosreconditos.blogspot.com.br/;

Crônicas Lourencianas:http://blogdascronicaslourencianas.blogspot.com.br/.

sábado, 25 de maio de 2013

Do alto dos meus trinta


Ainda ouço o eco da criança que trago dentro de mim e seu sorriso sincero acha uma brecha e outra entre os de plástico. Brinca com as palavras vez em quando, foge à rotina, e se diverte com coisas simples, como sentir sob os pés as bolinhas da trilha para deficientes visuais na calçada enquanto caminha sobre ela para fazer o serviço de banco.
Ainda reflito a luz da vida nos olhos vez em quando, embora o olhar já colecione mais dias nublados do que de céu aberto. Vejo o passado com romantismo, o presente com realismo, e o futuro com utopia. Abro os olhos para ver além, mas fecho-os quando vejo longe demais. A vida impõe lentes, às vezes com o grau errado, mas aprendi a olhar com os olhos do coração. E quando me deixam sem visão, me quebram o olhar, aguço os demais sentidos.
Do alto dos meus trinta, vejo os dois lados da montanha: a escalada já feita, e a descida que se apresenta a seguir. Se costumava olhar sempre para o topo, agora vou olhar para os lados, admirar a paisagem, sentir o aroma da brisa da vida, e conversar com o próximo que provavelmente eu não via à beira do caminho.
Do alto dos meus trinta, vejo melhor as estrelas a me guiar e ouço nelas a voz de Deus. Ela me lembra o que já aprendi, e o que devo aprender daqui para diante. Põe-me defronte ao espelho das minhas virtudes e dos meus defeitos, e nele eu posso ver os caminhos percorridos e os a percorrer, numa visão panorâmica.
Eu posso ver a vida aos meus pés, do alto dos meus trinta.

(Danilo Kuhn)



quarta-feira, 27 de março de 2013

Eu sou uma gota d'água num mar infindo


Eu sou uma gota d’água num mar infindo. Ondas me carregam em seu movimento irresistível, muita vez a contragosto. Raios de sol me iluminam por eu não ter luz própria, me transpassam para me lembrarem da minha insignificância, e ainda assim, sirvo de abrigo a um microcosmos.
Eu sou uma gota d’água num mar infindo. Estranho perceber-se indivíduo e coletivo ao mesmo tempo. Sou gota d’água e mar, e o mar também sou eu. Dia desses, me encantei com o sol de verão e me elevei às nuvens. Tão bom dançar ao sabor do vento, dar-se asas. Mas nem tudo é encanto. De repente o tempo virou, o céu se emburrou e me mandou de volta ao mar. Vez em quando, chover-se é a solução, chorar-se, esgotar-se.
Eu sou uma gota d’água num mar infindo. Busco sempre o horizonte, onde o céu mergulha no mar. Certa vez, me disseram que eu era apenas uma gota no mar do mundo. Respondi que, assim como para iniciar-se uma revolução, ou para um copo transbordar, basta uma gota d’água.
Eu sou uma gota d’água num mar infindo.

(Danilo Kuhn)


terça-feira, 19 de março de 2013

Realidade virtual


Ao navegar na internet, naufraguei em águas turvas. À deriva, fui malhado pela grande rede e me vi enredado às mazelas do vício, pois já não mais sabia viver sem gastar minhas horas em frente ao computador. Minha vida era um Facebook aberto, onde eu compartilhava com nem sei quem meus sonhos mais profundos, alardeava aos meus inimigos minhas vitórias e segredos, confessava a estranhos meus desejos mais secretos, publicava minhas derrotas e como me derrotar, curtia a vida dos outros e me esquecia da minha, espionava os demais e deixava-me vigiar, dava de bandeja a desconhecidos minhas ideias mais valiosas.
Minha memória era compartimentada em Pen Drives e HDs externos. O que fazer quando se perde 80GB de si mesmo? Quantos gigabytes comportam minha alma? Cada gripe é um vírus de computador, um malware, um cavalo-de-troia que me infecta quando minha vacina, ou melhor dizendo, meu antivírus, expira?
Minhas lembranças de infância ainda estão em disquete, e agora meu PC só lê DVD... Meus finais de semana no sítio se tornaram postagens no meu site... Meus jantares e minhas festas se transformaram em fotos no Instagram. Cada coisa que pensava se materializava no meu diário público no Twitter. Eu mesmo, via atualizações, dava minha localização a quem quer que fosse, qual fosse sua intenção em me seguir, sequestrar, roubar.
Hoje, acordei para a realidade, deixei para trás os acessos, os downloads, as visualizações, os compartilhamentos, as curtidas, os comentários, o bate-papo, o e-mail. Vou respirar o ar fresco da manhã, sentir o gosto das frutas apanhadas no pé, o aroma das flores e das suas cores que me acenam, o sabor dos beijos, o brilho do sol, a dança das nuvens e das árvores. Conversas sem teclar. Leituras com o livro nas mãos. Músicas com a magia do vinil. Notícias com cheiro de jornal.
Nada se compara à vida real. Não se iluda com a realidade virtual.

(Danilo Kuhn)



terça-feira, 12 de março de 2013

Eu quero me alimentar de luz...


Nasce da terra fértil a dádiva da vida, espreguiçando-se em tons de verde-broto. Uma infinidade de aromas e formas a crescer, amadurecer. Cada semente que germina é um ser que vem à Terra. Uma alma que muita vez ganha mundo pelas mãos de seu carrasco. Vive a cabresto. Em regime de servidão. Escrava de seu senhor.
Eis que o ápice da vida da frondosa árvore lhe chegou. Enfim, deu frutos. Não há momento mais realizador que este, ver-se prenhe de vida, plena de filhos. A felicidade, que já quase não cabia em si, foi-lhe arrancada por mãos gatunas humanas e por bicos de aves-de-rapina. Sequestro. Roubo. Impunidade.
Nutre-se no ventre materno o leitãozinho porvir, confortável, aquecido. Suas faces serão rosadas, o pelo amarelo-caramelo com meticulosamente artísticas manchinhas negras. Fuçará a terra ávido de descobertas, alheio ao seu futuro já traçado desde antes da gestação. Nascerá para morrer. E não de causa natural. Sua morte já está agendada. Na lista de espera do açougue. Mesmo destino de seus irmãos. Vida nas mãos do carniceiro, no fio da faca se esvai.
Desmamado, o pequenino e desamparado bezerro café-com-leite clama pelo seio materno, o calor do peito, do afago de ganhar o sustento por meio de sua mãe. Chora em vão ao ver o leite quente jorrar em baldes frios como o estanho, sem chegar ao seu destino natural. Alma que coalha. Vida de gado.
A rondar o mar segue o cardume, bailando sob as águas ao som do azul-profundo. Suas escamas celestes refletem o lume róseo-amarelo do sol nascente. Por seu turno, o pescador lhes joga anzóis famintos, vernizes de ilusão, malha-fina a lhes enredar. Debatem-se os peixes à bordo do barco da morte. Roubaram-lhes o ar.
Se Deus assim fez, se esta é a Sua vontade, eu sou um herege. Um herege por discordar da Sua ordem. Um herege por enxergar injustiça na opressão das plantas, na exploração da produção, na manipulação dos rebanhos, nos desenganos do gado, nas iscas.
Por isso, eu quero me alimentar de luz. Que as lavouras sejam libertas. Que os frutos permaneçam em suas árvores. Que os rebanhos sejam os seus próprios pastores. Que o gado derrube as cercas. Que os cardumes deixem os anzóis intactos.
Para que o mundo viva em paz, eu vou me alimentar de luz.

(Danilo Kuhn)